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Ângela Ferreira “South Facing”

A principal área de investigação de Ângela Ferreira tem sido a tradução do modernismo no contexto colonial africano e os complexos legados arquitectónicos, estéticos e sociais do projecto modernista. As práticas de Ferreira retiram a criticalidade visual da sua identidade dupla, portuguesa e africana, e o corpo de trabalho resultante tem raízes na África do Sul, em Moçambique e em Portugal.

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Red Africa – Things Fall Apart

Things Fall Apart foca especialmente o cinema como um meio para desenvolver uma estética militante, uma estética orientada para imaginar um futuro independente das potências coloniais, bem como para criar elos internacionais entre os países africanos e os mundos comunista e em desenvolvimento.

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A descolonização continua

Nos anos 90, solitária e, por vezes, incompreendida, a actividade de Ângela Ferreira foi decisiva para que os artistas portugueses se confrontassem com a memória do passado colonial. Depois da literatura e do cinema, a arte contemporânea portuguesa parecia disposta a interrogar a memória e o conhecimento que os cidadãos tinham do seu passado colectivo mais recente.

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Ângela Ferreira Monuments in Reverse

A exposição individual Monuments in Reverse reúne pela primeira vez um conjunto de obras de Ângela Ferreira, realizadas entre 2008 e 2012, que partiram de processos investigativos comuns, dando origem, porém, a instalações distintas cujas relações íntimas tendem a manter-se inexploradas do ponto de vista curatorial. Tendo como objectivo a abertura de um espaço de visibilidade para os interstícios conceptuais e formais que sustentam a sua prática em geral e estas obras em particular, a exposição tem uma natureza assumidamente documental e processual. Pretende-se dar a conhecer percursos de reflexão mais do que pontos de chegada, através da possibilidade de novas relações, ou da visibilidade de relações que se encontravam veladas, da forte componente gráfica e videográfica, e do diálogo com obras de outros autores que constituíram ponto de partida ou inspiração.

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Entrer dans la mine, Ângela Ferreira, Bienal de Lubumbashi

A escultura, por sua vez, evoca o construtivismo russo, nomeadamente o projeto nunca concretizado de Vladimir Tatlin para o monumento à Terceira Internacional, a associação internacional de partidos comunistas nacionais, fundada em 1919 na União Soviética. Ferreira “converte” o monumento de Tatlin numa escultura que “cita” explicitamente a sua característica mais distinta, a inclinação de 23,4º, que é uma referência à inclinação do eixo da Terra e simboliza o universalismo de todos os objetivos utópicos por alcançar.

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Entrevista com Manthia Diawara

ECAScreenings 1: Entrevista com Manthia Diawara professor de Estudos Africanos e literatura comparada da New York University (NYU) e realizador dos documentários: Sembéne: The Making of African Cinema (1994), Rouch in Reverse (1995), In Search of Africa (1997), Bamako Sigi-Kan (2002) e Conakry Kas (2003), etc “muitos dos intelectuais africanos foram criados com a antropologia, na medida em que o processo de conhecimento próprio e das suas culturas se baseou nas leituras de Lucien Lévy-Bruhl, de Leo Frobenius ou de Marcel Griaule. Por isso, em certo sentido, estes antropólogos inventaram uma África em que os africanos acabaram por se integrar e adoptar. Todavia, também existe uma abordagem de origem marxista a este fenómeno, uma espécie de desconstrução dessa oposição binária entre o ocidente e o Outro, o civilizado e o primitivo, entre a dita religião africana e a religião ocidental, pois o marxismo é todo ele iluminismo – ou se aceita a modernidade ou não. Os desenvolvimentos destas concepções trazem-nos aos dias de hoje e à questão aqui em causa: como é que se pode trabalhar hoje? Existe um Outro autêntico, que se possa opor ao “outro” dito essencialista ou estereotipado? Esta tem sido uma situação muito, muito difícil para todos nós, pois sempre que alguém “abre a boca” está a criar estereótipos.”

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Passagem de imagens, imagens da passagem

Ao lado de expressões já consagradas, como expanded cinema, migração das imagens, film exposé e mesmo terceiro cinema, a noção de “passagens da imagem” foi usada, num determinado momento, para descrever o movimento da imagem cinematográfica para fora da sala, constitutiva e definidora do dispositivo clássico. A partir dos anos 1970, o cinema não só conquistou espaços (museus, galerias, centros de arte), como adquiriu novas formas. Uma das importantes exposições que iluminam esse processo intitulava-se justamente Passages de l’image.

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A arte portuguesa ainda não descobriu o fim do Império

Como vão as relações da arte portuguesa com o passado colonial de Portugal e o pós-colonialismo? “Carlos Cardoso – directo ao assunto”, a exposição de Ângela Ferreira na Galeria Filomena Soares , não oferece respostas, mas reaviva uma velha e por vezes esquecida discussão. Muito bem-vinda numa altura em que o país suspira de novo pela sua Europa.

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Em algum lugar entre África e Europa, entrevista com Ângela Ferreira

Tenho uma forte relação entre a África, particularmente a zona sul da África, incluo aí onde eu nasci, Moçambique, e a África do Sul, e este canto da Europa mais ibérico. Se eu tiver de me definir culturalmente em termos de identidade, é algures entre essas duas zonas do mundo que encontra as referências da minha pessoa..

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