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Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe

“A amnésia histórica é um dos mais sérios problemas de São Tomé e Princípe” – conversa com Conceição Lima.

São Tomé e Príncipe, diz Conceição Lima, vive numa tensão entre a impaciência e a paciência. Por um lado, há uma forte insatisfação com o estado de coisas: “temos uma curta esperança de vida e queremos assistir a mudança!” Por outro, quarenta e sete anos é “um lapso de história muito curto, quase insignificante no grande plano.” A solução passa por um equilíbrio entre os dois: “é preciso cultivar a paciência para remendar e semear, mas nunca permitindo que se esvaia a tão importante impaciência.” Parece que estamos perante uma identidade formada a partir e contra um trauma histórico, que teima em resistir, contra todas as probabilidades. A poetisa responde com um poema: Um pássaro ferido./ Um pássaro ainda ferido / e teimoso.

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Danço-Congo na IX Bienal de São Tomé e Princípe

Com o seu caráter original e “foco nos movimentos e falas, nas piadas de bobos, no ritmo dos tambores”, no Danço Congo “a história como um todo, assim contada pelas pessoas mais idosas, diluiu-se e deixou de ter importância.” Todos os participantes vestem-se a rigor, com destaque para os “capacetes feitos de banças de palmeira decoradas com coloridos pedacinhos de plástico.”

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A Bienal de Cultura e Arte de São Tomé e Príncipe parte “à (re)Descoberta de nós”

“Como transformar São Tomé e Princípe, antigo entreposto de escravos, num território permanente de criação artística e de intercâmbios culturais, investigação científica, residências literárias e artísticas, cenário natural de produções audiovisuais, num destino de turismo cultural com especificidades únicas em África e no mundo?” É a esta complexa questão que o santomense João Carlos Silva pretende responder na XI edição da Bienal de Cultura e Arte de São Tomé e Príncipe.

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