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Guiné Equatorial

Teodoro Obiang, o presidente de um país rico com população pobre

A realidade dos habitantes equato-guineenses é desastrosa. Atualmente grande parte da população vive em barracas de ferro e metal com dificuldades de acesso a água potável e de acesso a saneamento básico nos arredores das grandes cidades, pois viver na cidade é muito caro e pressupõe um nível de vida muito acima do salário médio nacional. Malabo rivaliza com Luanda como uma das capitais africanas mais caras do continente. Além de viverem mal, vivem oprimidas.

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Diccionario básico, y aleatorio, de la dictadura guineana

El escritor y ensayista Juan Tomás Ávila Laurel ofrece una disección certera de la dictadura guineana, abordando desde su aguda mirada los diversos elementos que la conforman y sustentan. Se podría decir, pues, que este libro es la narración reflexionada y también amena, de cómo ha echado sus raíces la dictadura en Guinea Ecuatorial.

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Fomos Enganados

Enganaram-nos, fomos enganados. Mas se fosse só isso, se pudéssemos escapar da sua rede maliciosa e viver arredados do seu jugo, olharíamos de longe para ver se tudo o que descobrimos continua a ser um engano ou se vemos tudo torcido pela nossa própria incapacidade. Mas não podemos. A rede dos poderosos, tecida com os tentáculos da mesma ONU, que antes acreditávamos ser a nossa salvação, impediu que em 40 anos pudéssemos acreditar que, todavia, haveria alguém que se salvaria da acusação de ter tomado parte na maldade constante de que temos sido testemunho. Enganaram-nos todos.

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A ínsula de Juan Tomás Ávila Laurel

Juan Tomás Ávila Laurel escreve para o público lusófono o texto “Fomos enganados” (Nos han engañado, no original), em que, muito ao seu jeito e com toda a sua mestria literária, nos introduz na situação do seu país, a Guiné Equatorial. Recentemente, este escritor tomou um dos maiores desafios da sua vida, tendo começado em 11 de Fevereiro deste ano uma greve de fome, na cidade onde tem vivido ultimamente, Malabo, na ilha de Bioko, na Guiné Equatorial, protestando contra a visita de José Bono Martínez, presidente do Parlamento espanhol, à Guiné Equatorial.

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Recaredo Silabo Boturu, Luz en la noche: Poesía y teatro

Recaredo Silabo Boturu nasceu em 1979, na Guiné Equatorial, mais propriamente na ilha de Bioko, antiga Fernando Pó, onde continua a viver. Luz en la noche, como o próprio título anuncia, parece uma combinação de paradoxos, sem o ser. É, antes de mais, definível através de duas palavras: desencanto e esperança, sendo que esta última marca a sua presença no derradeiro poema, que dá nome ao livro, de forma indelével.

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Entre as palavras e memória: o grito silenciado da Guiné Equatorial

Num país sem imprensa, sem editoras, sem livrarias, em que as bibliotecas existentes são coordenadas pelas cooperações estrangeiras, em que o analfabetismo atinge valores altíssimos, em que os intelectuais sofrem acções persecutórias não é de estranhar esta situação e ainda se estranha menos que acabem escrevendo e publicando no estrangeiro, mesmo quando não abdicam de viver em solo pátrio. Se bem que recente, a sua produção literária já apresenta diversidade tanto em termos de géneros, como de estilos, de conteúdos e de gerações em escrita.

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